Hoje em dia notícias como as previsões da OCDE não são de todo importantes porque estão cada vez mais longe da realidade. Os números das estatísticas de emprego ou da variação do PIB fazem parte de um mundo virtual, o mundo das notícias. Todos os dias pessoas de todo o mundo regressam ao fim do dia para as suas casas, ligam a TV e assistem a essa espécie de novela de emoções fortes em que o enredo avança ou recua ao sabor de um guião que vai sendo produzido por políticos e interpretado por jornalistas e comentadores. O mundo das notícias é uma espécie de mega produção ao estilo de Hollywood em que os números são adereços que flutuam sem qualquer sentido e segundo a vontade de quem manda nas notícias. Podem ser lidos de cima para baixo ou de baixo para cima, dependendo da criatividade. Sobre eles podem ser ditos todos os disparates que se quiser porque tudo não passa de um filme, sem consequências porque depois do fim aparece sempre uma sequela ainda mais sofisticada, cheia de efeitos especiais como a bolsa de valores, a macroeconomia ou o preço do barril de petróleo, tudo para nos manter distraídos.
Um dos maiores problemas dos dias de hoje é que a política de um modo geral já só age em função desse universo imaginário. Governa-se para se ter melhores notícias. Votar não é mais que ligar para um número gratuito para escolher o programa que se quer ver nas notícias dos próximos anos. Claro que tudo isto assenta sobre uma realidade que não tem nada de virtual que é a própria vida, onde existem problemas que não têm associação aos números porque não são ficção. No mundo real navega-se à vista, ninguém sabe para onde estamos a ir e o mais provável é caminharmos em direcção a um buraco qualquer. Há muita gente que já vive nesse buraco, que sofre e que gostaria de sair dele, mas isso é quase impossível na medida em que a maioria das pessoas deste mundo, sem se aperceberem, estão a caminhar no sentido contrário bloqueando assim a passagem daqueles que se esforçam desesperadamente por sair. Tudo porque não têm coragem de se desligarem do mundo virtual das notícias e enfrentarem a realidade tal como ela é.
Um dos maiores problemas dos dias de hoje é que a política de um modo geral já só age em função desse universo imaginário. Governa-se para se ter melhores notícias. Votar não é mais que ligar para um número gratuito para escolher o programa que se quer ver nas notícias dos próximos anos. Claro que tudo isto assenta sobre uma realidade que não tem nada de virtual que é a própria vida, onde existem problemas que não têm associação aos números porque não são ficção. No mundo real navega-se à vista, ninguém sabe para onde estamos a ir e o mais provável é caminharmos em direcção a um buraco qualquer. Há muita gente que já vive nesse buraco, que sofre e que gostaria de sair dele, mas isso é quase impossível na medida em que a maioria das pessoas deste mundo, sem se aperceberem, estão a caminhar no sentido contrário bloqueando assim a passagem daqueles que se esforçam desesperadamente por sair. Tudo porque não têm coragem de se desligarem do mundo virtual das notícias e enfrentarem a realidade tal como ela é.