sábado, 28 de novembro de 2009

Ainda não foi desta

O novo código contributivo foi adiado. Felizmente! Talvez fosse a gota de água que faria transbordar o copo. Mas o copo continua cheio e não me parece que haja vontade de esvazia-lo.
A verdade é que o país votou recentemente e confirmou a vitória de um estilo de governação que gasta o que tem e o que não tem e está apenas preocupado com os resultados de curto prazo. Temos o que merecemos e por isso mais tarde ou mais cedo iremos pagar o preço. Em impostos e não só.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Novo Código Contributivo

Medo! Muito medo! Acho que é do senso comum que em Portugal se paga impostos a mais. Na situação actual qualquer aumento de impostos reduz ainda mais a capacidade de gerar riqueza, o que implicará mais tarde a necessidade de novos aumentos de impostos. É um ciclo vicioso que nos levará à desgraça. Só o desespero leva um governo a tomar tal medida. Ou o desespero, ou uma total falta de responsabilidade, comprometendo o futuro para safar o presente. O pior é que este novo código contributivo não é um pequeno ajuste, tipo os 2% no IVA da última legislatura. Trata-se de uma mega subida de impostos, que vai retirar poder de compra a todos os trabalhadores e piorar a situação das empresas mais vulneráveis, o que conduzirá inevitavelmente a mais despedimentos. O objectivo do governo é dizer daqui a 4 anos que resolveu a situação das contas públicas, mas até onde é possível continuar com esta política de espremer a classe média e as empresas. O que vai acontecer é que a classe média vai desaparecer com tantos impostos e as empresas também. E quando formos todos pobres e desempregados a quem é que o governo irá sacar o dinheiro para alavancar a economia e ao mesmo tempo beneficiar uns quantos amigos com a concessão de mais obras públicas? Nessa altura Portugal terá liberdade de escolher o seu próprio destino ou serão os nossos credores a definirem que vamos passar a ser o depósito de lixo da União Europeia? A realidade é cruel, para pagar os salários de Dezembro da função pública vamos ter de pedir mais dinheiro emprestado. Portugal caminha a passos largos para ser aquela família que para pagar empréstimos, contrai novos empréstimos a juros exorbitantes, e que em pouco tempo deve tanto dinheiro que tem de declarar falência, perde a casa, o carro e tudo mais. A União Europeia não nos vai deixar chegar a esse ponto mas em contrapartida vamos perder a nossa dignidade e pior, a nossa liberdade. Quando comecei este blog, este tipo de discurso soava a exagero, mas hoje em dia o exagero está a bater-nos à porta. Começo a pensar que Portugal não será o local ideal para viver nos próximos anos, ou mesmo décadas. Talvez seja necessário voltar a pensar em emigrar, procurar lugares com melhor perspectiva de vida por mais que me custe deixar o meu país. Mas se olhar para a situação de um ponto de vista puramente racional essa parece-me a única saída. E quanto mais cedo melhor porque refazer a vida aos 30 é bem melhor que aos 40 e por aí a fora…

terça-feira, 17 de novembro de 2009

No fundo todos sabemos

Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és… Sócrates nem precisa de ser julgado e condenado. As suas companhias dizem tudo. Para certas pessoas o sol deveria nascer aos quadradinhos...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Muro da Vergonha

O muro foi algo físico, concreto, real, palpável. Quem tem guardado algum pedaço do original consegue ver bem a diferença entre a face pintada e a face de betão manchada com sangue. São duas realidades tão fáceis de distinguir, dois modelos de sociedade tão radicalmente diferentes mas ainda há tantas pessoas que se recusam a ver.